Chegou a hora de desbloquear todo o potencial do seu negócio!
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Precificar corretamente é uma das tarefas mais estratégicas e, ao mesmo tempo, desafiadoras para qualquer negócio. É comum ver empresas com boa demanda, mas com a sensação de que não tem lucro, ou que o dinheiro não sobra.
Em outros casos, o preço alto até afasta o cliente.
Se você é empresário, gestor ou contador que está orientando seu cliente com uma visão consultiva, é importante entender que precificar não é um chute com base no “feeling”. É uma construção que envolve dados, análise de mercado, estrutura de custos e, principalmente, os indicadores financeiros.
Neste artigo, vamos conversar de forma didática sobre como você pode usar indicadores-chave para saber se a sua precificação está correta.
Vamos explicar o que analisar, quais pontos levar em consideração e como cruzar esses dados com outros indicadores relevantes.
Vamos começar pelo básico, mas que, muitas vezes, é negligenciado. Quando o preço é definido de forma aleatória, com base no que a concorrência cobra ou no que "parece fazer sentido", a empresa corre o risco de perder dinheiro e oportunidades.
Preço errado para baixo? Pode estar vendendo muito e lucrando pouco.
Preço errado para cima? Pode estar espantando clientes e reduzindo o volume de vendas.
Sem uma análise profunda, é difícil perceber isso no dia a dia. É aí que entram os indicadores financeiros, que ajudam a trazer clareza e apontar os desvios.
Primeiro ponto: entenda sua estrutura de custos.
Antes de olhar para os indicadores, é essencial saber quanto custa produzir, entregar e manter sua operação funcionando. Aqui, entra o conceito de custo fixo e custo variável:
O seu preço deve, no mínimo, cobrir todos esses custos e ainda gerar lucro.
Mas atenção: não adianta olhar para os custos de forma isolada. É preciso entender como eles se comportam no todo e como afetam sua margem.
Vamos começar com um dos mais importantes: a Margem de Contribuição.
Ela mostra quanto sobra do preço de venda de um produto após o abatimento dos custos variáveis. Ou seja, é o quanto efetivamente contribui para cobrir os custos fixos e gerar lucro.
A fórmula é simples:
Margem de Contribuição = Preço de Venda - Custos Variáveis
Por exemplo:
Se você vende um produto por R$ 200,00 e os custos variáveis somam R$ 80,00, a margem de contribuição é R$ 120,00.
Mas o mais importante é olhar isso em percentual, assim:
Margem de Contribuição (%) = (Margem de Contribuição / Preço de Venda) x 100
Isso permite comparar produtos diferentes e entender quais são mais saudáveis financeiramente.
Dica prática: analise a margem de contribuição por produto, serviço ou linha de receita. Assim, você identifica o que vale mais a pena manter no portfólio ou até mesmo aumentar o preço.
A margem de lucro também é um dos indicadores mais importantes para saber se a precificação está funcionando como deveria. Ela mostra quanto sobra de lucro sobre o preço cobrado, depois de todos os custos pagos.
Ou seja, vender muito não significa lucrar muito. Se a sua margem for apertada, o esforço de vendas não está sendo equivalente às despesas.
Fórmula:
Margem de Lucro (%) = (Lucro Líquido / Receita Total) x 100
Se a margem estiver muito baixa, é um sinal de alerta. O preço pode estar cobrindo apenas os custos ou, pior, nem isso.
A análise deve levar em consideração todos os custos envolvidos: operacionais, impostos, produção, equipe, tecnologia e etc.
Um bom exercício é comparar a margem antes e depois de uma revisão de preços ou mudanças no modelo de negócios.
Se a margem aumentou sem prejudicar o volume de vendas, o caminho está certo. Mas se ela piorou, talvez o preço precise ser revisto ou os custos, otimizados.
Agora que você sabe sua margem de contribuição, pode avançar para o próximo indicador: o Ponto de Equilíbrio.
Ele mostra quanto você precisa vender para cobrir todos os custos fixos da operação. Em outras palavras, é o valor mínimo de faturamento que a empresa precisa atingir para não ter prejuízo.
A fórmula:
Ponto de Equilíbrio = Custos Fixos Totais / Margem de Contribuição (%)
Se o seu custo fixo é de R$ 50.000,00 e a margem de contribuição média é de 40%, seu ponto de equilíbrio é:
R$ 50.000 / 0,40 = R$ 125.000,00
Ou seja, a empresa precisa vender pelo menos R$ 125 mil no mês para não ter prejuízo.
Saber esse valor é o que vai te fazer entender se o seu preço está alinhado à realidade da operação. Se você está vendendo abaixo do ponto de equilíbrio com frequência, há um alerta vermelho.
O preço provavelmente está abaixo do que deveria.
O Ticket Médio também é um indicador que te ajuda muito a fazer uma boa precificação. Ele mostra quanto, em média, cada cliente compra da sua empresa.
Fórmula:
Ticket Médio = Faturamento Total / Número de Vendas
Se o ticket médio estiver muito abaixo do valor ideal para cobrir os custos, isso pode indicar que a precificação está subestimando o valor do produto ou serviço.
Um bom caminho é comparar o ticket médio antes e depois de um reajustes de preço, para entender se houve impacto negativo na quantidade de vendas e, principalmente, se houve melhora no resultado final.
A lucratividade mostra o quanto do faturamento realmente vira lucro no final do mês.
É aqui que muitas empresas se enganam. Acham que faturam muito, mas o lucro líquido é mínimo ou até negativo.
A fórmula básica é:
Lucratividade = (Lucro Líquido / Receita Bruta) x 100
Esse indicador serve para avaliar se o seu preço, depois de todos os descontos, custos e despesas, realmente está gerando ganho.
Se a lucratividade está muito baixa ou negativa, o preço pode estar errado ou o custo fora de controle. Por isso, é importante cruzar indicadores.
O CAC mostra quanto a empresa gasta, em média, para conquistar cada novo cliente. Isso inclui investimentos em marketing, equipe de vendas, ferramentas e tudo mais que entra no processo de conversão.
Fórmula:
CAC = Investimento em Marketing e Vendas / Número de Novos Clientes
Se o CAC for alto demais em relação ao valor da venda, o preço pode não estar cobrindo o custo de aquisição.
Ou seja: você pode estar pagando para vender.
Uma boa prática é comparar o CAC com o ticket médio e com a margem de lucro. Se o CAC for mais alto que o lucro gerado por cliente, a conta não fecha e o preço precisa ser revisto ou o processo de aquisição, ajustado.
Também vale acompanhar esse indicador antes e depois de ações promocionais ou alterações na precificação. Um preço mais atrativo pode reduzir o CAC, mas isso só vale se não comprometer a margem.
O ROI mostra se o investimento que você faz está realmente gerando retorno. É essencial para avaliar se a precificação está entregando resultado, principalmente quando há aumento de preço, campanhas de venda ou expansão da estrutura.
Fórmula:
ROI (%) = [(Retorno - Investimento) / Investimento] x 100
Se o ROI for muito baixo, mesmo com um volume alto de vendas, pode ser que o preço esteja insuficiente para gerar retorno real.
Ou, ao contrário: se o ROI for alto mesmo com um volume mais baixo, é sinal de que a estratégia de preço e custo está saudável.
Você pode comparar o ROI antes e depois de ajustes de preço ou de campanhas de vendas.
Se o ROI subir, é um bom indicativo de que o preço está alinhado com os custos e o valor entregue. Se cair, é hora de reavaliar.
A mágica acontece quando você cruza os indicadores entre si. Só assim você consegue ter uma visão clara da realidade.
Veja um exemplo prático:
Ou seja, saber olhar os indicadores de forma isolada é importante, mas é no cruzamento entre eles que você encontra respostas mais precisas e estratégias mais inteligentes.
Vamos montar esse quebra-cabeça?
A margem de contribuição mostra o quanto sobra por venda para cobrir os custos fixos e gerar lucro.
Quando ela é baixa, o ponto de equilíbrio dispara. E aí, você precisa vender muito mais só para empatar o que pode não ser viável. Se a conta não fecha com o volume de vendas possível, o preço precisa ser ajustado.
O ticket médio mostra o quanto o cliente gasta, em média, com você.
Se ele está baixo e a margem de lucro também, o lucro por cliente está minguando. Nesse caso, pode ser necessário rever o mix de produtos, criar pacotes mais atrativos ou reposicionar o preço.
Aqui entra um ponto crítico: vale a pena conquistar esse cliente?
Se o Custo de Aquisição (CAC) é maior que o lucro gerado por cliente, você está pagando para vender. Cruzar esses três indicadores ajuda a entender se sua precificação sustenta o esforço comercial.
O ROI resume tudo: custo, preço, esforço e resultado.
Se o retorno está baixo, mesmo com vendas em alta, o problema pode estar no preço ou na estratégia de vendas. Use o ROI como termômetro final para validar sua precificação.
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